A privacidade é algo que devemos prezar.


Numa altura em as empresas portuguesas estão no prazo limite de adequar os seus sistemas ao Regulamento Geral de Proteção de Dados (RGPD) que vai passar a ser aplicado a partir de 25 de maio de 2018, e vem substituir a atual diretiva e lei de proteção de dados pessoais, Mark Zuckerberg responde no Senado perante a descoberta de uma das maiores falhas de sigilo de dados dos utilizadores do Facebook e que afetou mais de 60 mil portugueses e 87 milhões de pessoas em todo o mundo. Uma falha que afetou as eleições presidenciais de uma superpotência.



No momento em que o senador Durbin pergunta a Zuckerberg se se importaria de dizer o nome do hotel onde ficou alojado ou partilhar publicamente as mensagens que trocou hoje, Mark  fica visivelmente atrapalhado e admite que sim.
Ninguém gosta de ver a sua vida devassada, nem as suas coisas mexidas, quanto mais por estranhos e o certo é que, é admitido que os funcionários podem ter acesso à informação dos utilizadores do Facebook.
Isto novamente me leva a romances de Kafka e Orwell que são, não mais do que alertas ou, exercícios de o quanto podemos ser manipulados ou controlados por quem detém informação. Veja-se a Altice em Portugal, se comprarem a Media Capital ficamos dependentes da informação que quiserem veicular e eles com o controlo de inúmeros meios de comunicação.
Assim, duas formas aparentemente invisíveis de interferir na nossa privacidade ou rumo, mas que podem ter impacto no decurso de uma nação ou até no mundo.
Isto é assustador e dá que pensar!
Na vida comercial que é transversal a todas as áreas e indústrias, pois nenhuma sobrevive sem clientes, são muito importantes as bases de dados.  Todos vivemos preocupados com os CRMs e procuramos saber as necessidades dos nossos clientes, chama-se a isso marketing!
Todos somos igualmente consumidores e nós próprios queremos estar informados, ser inclusivos ou sociais e, por isso, fornecemos os nossos dados para cartões, mailing lists, compras, eventos e muito mais. 
Nos sistemas de mensagens e redes sociais partilhamos o privado que fica registado no sistema dos provedores de serviço. 

Assim, como fornecedores e empresa, temos e devemos zelar pelo sigilo e assegurar a privacidade da informação que nos é cedida, usá-la apenas para o objetivo que nos foi cedida, ter procedimentos e sistemas que vinculem ao sigilo quem acede a essa informação e nunca ceder a mesma a terceiros.

Como consumidores, há que perceber que dados e a quem os estamos a ceder e cada um deve ser cuidadoso naquilo que partilha, porquê e a quem.
Há coisas que como dizia a nossa Amália Rodrigues “nem às paredes confesso”.

Boas leituras!

Clarisse Macedo
11/04/2017
QUINTESSENTIAL 
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