VOU PENSAR NISSO AMANHÃ...




Scarlett O’Hara no filme «E tudo o Vento Levou», numa situação de crise diz “Vou pensar nisso amanhã”.
Esta é a decisão mais fácil, mas nem sempre a mais acertada.

Qual a melhor hora para pensar?
Todas direi eu. 
Mas, diz o ditado que a almofada é boa conselheira. 

Quando estamos perante uma situação de stress temos tendência a reagir a quente. 
Há situações em que a reação tem de ser imediata. Não há muito tempo para pensar e temos de agir no imediato. Por exemplo, num acidente em que temos de salvar alguém. 
A nossa cabeça fica a mil. Tentamos construir rapidamente todos os cenários e tomamos logo a decisão de agir, independentemente de sermos bem sucedidos ou não. Não podemos é ficar parados.

Agora vamos colocar outra hipótese que é a resolução de um problema do nosso quotidiano, pode ser familiar, no trabalho, entre amigos e na qual temos algum tempo para pensar. Vamos reagir logo?

Talvez o ideal seja pensar primeiro. Colocar as várias hipóteses e analisar os prós e contras. O resultado possível para cada uma delas e depois optar pela via que considerámos a mais inteligente e a que nos leva ao objetivo que pretendemos atingir..
Não quer dizer que seja a opção certa, mas é a decisão mais ponderada. E ao fazermos este exercício estamos a tratar objecções, podendo nos auxiliar no raciocínio e nos melhores passos a dar para chegar ao bom resultado final.
Ou seja, temos de fazer escolhas.
E a vida é feita disso.

É assim também no mundo dos negócios.
Por isso um bom jogador de xadrez é um bom estratega.

Temos é de reagir e agir. Não procrastinar. Pois, há quem decida não sair da sua zona de conforto (ou desconforto). E viver numa espécie de alheamento, à espera que se dê um milagre e a solução apareça, sem esforço.

Quando atingimos o estado adulto a nossa vida depende de nós, das nossas decisões. Da nossa ação e reação. Do nosso comportamento. Não podemos estar à espera de milagres ou que outros venham resolver os nossos problemas.
Somos responsáveis pelo que fazemos e pelo que não fazemos e pela forma como respondemos ao que nos acontece!

E nas rotinas? Devemos agir sem plano ou ponderar antecipadamente e programar os afazeres?

É daquelas pessoas que estabelece um plano de ação diário ou das que vai reagindo aos acontecimentos ao longo do dia?
Se escolheu a última, a sua vida tem tendência ao caos e insucesso.

Um plano de ação ajuda a manter a nossa vida organizada.
Esse plano deve ser efetuado com calma, inteligência, estratégia e com um objetivo ou propósito.

À noite, antes de irmos dormir, devemos rever o nosso dia, fazer uma análise do percurso, averiguar o que correu bem e o que correu mal, o porquê e como podemos melhorar e atingir o(s) nosso(s) objetivo(s).
O que interessa não é o que você sabe, mas o que faz com o seu conhecimento.
Pense positivo!
Pense nas coisas boas porque certamente, nem tudo foi mau. E se foi, pense que tudo na vida é temporário e que depois da tempestade vem a bonança.
Pense que, como diz Darren Hardy, “a adversidade é a nossa vantagem”.
Não se vá deitar sem apaguizar a sua mente, para a sua almofada lhe poder dar bons conselhos.

Anote na sua agenda o plano de ação para o dia seguinte, sem esquecer o que é muito importante para si (o que os americanos chamam de ‘big why’)
Não adie por mais um dia a resolução dos problemas porque eles têm tendência a se avolumar. Não arranje mais desculpas.
Nada pior do que fazer de conta que nada se passa e deixar a sua vida entregue ao destino ou ao sabor do vento.
A tendência será não chegar a lado nenhum ou seja perder-se.

Uma rotina bem planeada ajuda-o a realizar as tarefas necessárias e importantes, sem perder tempo e energia com o que é errado ou desnecessário. Ajuda-o a prever e a resolver problemas, sem viver num jogo de azar e de surpresas ou improvisação.

Defina o seu propósito (objetivo), trace o seu plano. Execute tarefas e estabeleça rotinas. Perca o medo e tome decisões!

“O sucesso é ganho um dia de cada vez, um passo de cada vez, uma decisão de cada vez, uma chamada telefónica de cada vez, uma reunião de cada vez”. (Se quer saber mais sobre este tema leia o livro “The compound effect” de Darren Hardy)

Boas leituras!
14/04/2018

Clarisse Macedo
QUINTESSENTIAL
Realty & Finance

cmacedo@quintessential.pt

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